Almas amorosas e divinas,
Que as bençãos mais seletas de Deus e dos mestres estejam com vocês. Aproveito esta oportunidade para orar por todos, e envio meus melhores votos por ocasião do Diwali, o Festival das Luzes, que é celebrado nos dias 24 e 25 de outubro deste ano.
Por curiosidade, abri o dicionário “Concise Oxford”, que está em meu computador, para ver se a palavra “Diwali” está lá. Eu a encontrei. Ele diz que é um festival Hindu de luz, realizado em outubro e novembro, para celebrar o fim da monção. Sua origem é do sânscrito, Deepavali, a fila de luzes.
Atualmente as pessoas decoram suas casas, templos etc. com minúsculas luzes elétricas coloridas. Parece bonito, mas não é o verdadeiro significado de dipa (deepa).
Isso me fez pensar um pouco mais sobre dipa, que é do verbo raiz profundo que significa “brilhar”, “queimar”, “iluminar”, “ser ilustre”, ou “ser glorioso”. Tradicionalmente, deepa (dipa) se refere a uma lâmpada de óleo ou ghee. Um pote de barro, pedra ou metal da lâmpada que vem em diferentes tamanhos e contém óleo ou ghee e um pavio de algodão. Quando o pavio é aceso, ele se torna uma lâmpada e tem muitas qualidades: pode iluminar, eliminar (escuridão), queimar, fornecer calor e, por fim, pode acender outra lâmpada. Uma vez acesa essa lâmpada, ela pode ajudar outras lâmpadas a queimar.
Embora as modernas lâmpadas elétricas tenham substituído bem as lâmpadas de óleo e as velas, podemos ter perdido o simbolismo da lâmpada e a mensagem real. Decoramos nossas casas e lugares de culto com luz, mas esquecemos de que o verdadeiro significado dessa decoração é decorar nossas vidas e nossas casas corporais com a luz do conhecimento e do amor.
A beleza da vida é viver e deixar os outros viverem, ser saudável e ajudar os outros a serem saudáveis, sorrir e fazer os outros sorrirem, ser feliz e fazer os outros felizes com nossa ajuda e apoio, estar amando, amar e servir aos outros. Este é o significado da lâmpada que queima.
Estamos vivendo assim?
Assim como o óleo de uma lâmpada em chamas, ou a cera de uma vela são constantemente reduzidos, nossas vidas estão ficando cada vez mais curtas. Assim como o vento pode extinguir uma chama a qualquer momento, a vida também é transitória. É extremamente imprevisível.
Devemos estar vigilantes e acordados. Devemos viver com sentido e propósito. Devemos fazer nossa vida brilhar cultivando boas qualidades.
Concluo com uma oração védica que muitos de vocês conhecem:
“Ó Senhor, conduza-nos da falsidade à Verdade, das trevas à luz, e da morte à imortalidade”.
Eu me curvo a todos vocês e oro pelo bem-estar de toda a criação.
Com amor,
Prajnanananda