A Mente das Plantas
Vamos examinar primeiramente as plantas – das três formas de vida, as plantas podem ser consideradas a menos provável de ter qualquer atividade mental. Luther Burbank, ou São Luther, como Paramahamsa Yogananda amorosamente se referia a ele no clássico espiritual Autobiografia de um Iogue, foi um botânico que conseguiu desenvolver cactos e rosas que cresciam sem espinhos. Essa incrível façanha não foi realizada através de modificação genética; foi o resultado do uso de pensamentos positivos ou sugestão. Ele dizia a elas: “Vocês podem ficar sem espinhos. Não há nenhuma necessidade de vocês terem espinhos. Vocês estão bem protegidas. Eu amo vocês”. Após se comunicar com as plantas dessa forma por algum tempo, elas se renderam à sua sugestão.
Portanto, “sim” é a resposta à pergunta sobre se as plantas têm mente – e botânicos têm demonstrado isso. Por exemplo, eles perceberam que, quando uma planta fica doente, ela emite um sinal para plantas vizinhas da mesma família, avisando-as para se protegerem. Pesquisas têm mostrado que as plantas respondem de forma positiva às pessoas que as tratam com carinho. Do mesmo modo, quando alguém machuca ou corta a folha de uma planta, ela responde de forma negativa e desenvolve o medo. Talvez ainda mais surpreendente seja que os cientistas também estão descobrindo que as plantas e as árvores podem testemunhar o que está ocorrendo debaixo delas. Assim, não se deve pensar nas plantas apenas como um corpo que faz parte do reino vegetal e nada mais; elas também têm uma mente.
A filosofia Vedanta, imersa na beleza e na reverência pela vida, ensina que se deve orar amorosamente antes de cortar uma árvore: “Oh, árvore, antes de derrubá-la, eu humildemente peço perdão. Sua madeira será usada para um propósito muito especial. Por favor, seja gentil comigo e não fique triste”. Os ensinamentos da doutrina Vedanta acrescentam que, antes de colher folhas de uma planta de tulsi (manjericão sagrado) para puja, deve-se derramar água sobre a planta e, em seguida, fazer uma oração. Que atitude humanística e respeitosa com a vida!
Aqueles que praticam esse ensinamento começam a perceber que a força de vida existente nas plantas é a mesma força de vida que existe em seus próprios corpos, levando à consciência da unidade fundamental de tudo o que existe na criação de Deus. Portanto, não faz o maior sentido usar esse tratamento de amor e respeito também para lidar com os seres humanos? Não deveríamos buscar sentir essa unidade também com a nossa família humana? Infelizmente, a maioria de nossas interações são meramente reações condicionadas. Por exemplo, quando alguém é rude ou nos insulta, o que nos acontece? Imediatamente reagimos, ficamos raivosos, ficamos tristes, ficamos inquietos, mas, pior que isso, não hesitamos em falar mal dessa pessoa. Em nenhum momento deveríamos permitir que nossa mente se tornasse reativa, agressiva, venenosa e vingativa.
Embora seja verdade que os seres humanos e as plantas tenham mente, existem diferenças fundamentais entre elas: a mente humana é mais desenvolvida; a mente da planta ainda está em estado de sonho.
Ótima maneira de expor a unificação e a integração entre os seres.