Na Índia, uma das oferendas mais comuns em templos é o coco. Ele também é oferecido em ocasiões como casamentos, festivais, ao usar um novo veículo, uma nova ponte ou construção. Ele é oferecido ao fogo sacrificial quanto é realizada a homa. O coco é aberto e oferecido diante do Senhor, e posteriormente é distribuído como prasaada.
A fibra que recobre o coco seco é removida com exceção da porção que recobre o topo. As marcas naturais do coco o tornam parecido com a cabeça humana. O coco é quebrado como símbolo de se quebrar o ego. A água interna representa as tendências interiores (vaasanas) e é oferecida junto da polpa branca (representando a mente) ao Senhor.
A mente agora purificada pelo toque do Senhor é usada como prasaada (dádiva sagrada). No ritual tradicional chamado abhishekha que é realizado em todos os templos e em muitas casas, quando diferentes tipos de materiais são derramados sobre as deidades como: leite, coalhada, mel, água de coco verde, pasta de sândalo, cinza sagrada, etc. Cada material tem um significado específico para prover certos benefícios para os adoradores. A água do coco verde é usada nos rituais abhisheka, pois se acredita que traga crescimento espiritual aos buscadores.
O coco também simboliza o serviço abnegado. Todas as partes do coqueiro – o tronco, folhas, frutos, etc. são usadas em inumeráveis formas como telhado de palha, esteira, iguarias culinárias, óleo, sopas, etc. Ele transforma a água salgada do solo em uma água doce e nutritiva que é especialmente benéfica para pessoas enfermas. É usada no preparo de muitos remédios ayurvédicos e de outros sistemas alternativos de medicina.
As marcas no coco representam os três olhos do Senhor Shiva e por isso, é considerado um meio de obter a satisfação dos desejos.